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Uma geléia geral a partir do cinema

Jogando conversa fora

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Preciso arranjar patrocínio para o blog, nem que seja para pagar as postagens. Não sei se sou o único no mundo, mas fico sempre consternado quando ouço as pessoas dizerem que adoram trabalhar em casa. Eu não consigo. Todos os livros que escrevi foram sendo feitos no jornal, nas muitas horas de ociosidade que tenho (estou brincando, hein?). Tenho a impressão de que o ato de sair me clarifica as idéias. Em casa me dá uma modorra. Leio ou fico zapeando na TV, entre os canais 61 e 66 da Net, ou seja, os Telecines e o Canal Brasil. Todo o meu universo televisivo concentra-se, normalmente, aí. É raro postar alguma coisa de casa. Prefiro sair e pagar por uma ou duas horas de internet num cyber café. Agora mesmo, estou postando de um local na Av. São João, em frente do antigo Cine Metro, que agora virou igreja universal. Acabo de conversar com Maurício Farias e Marco Nanini, a respeito de A Grande Família, que estréia amanhã em São Paulo, aproveitando o feriado que comemora a fundação da cidade. Não gostei de O Coronel e o Lobisomem e faço objeções a Grande Família, como você deve ter percebido no post de ontem, mas gosto muito de conversar com o Maurício, porque acho que ele é um cara superarticulado e que tem uma preocupação muito grande com a linguagem. Todas as suas opções de planos, de direção de arte, de direção de atores têm um fundamento, não são um produto do acaso ou do 'vamos fazer para ver no que dá'. Pode-se até contestar, mas isso eu contesto até no Scorsese, que o Fábio, acho que é o Fábio, comentarista habitual deste blog, ama tanto a ponto de considerar Os Infiltrados uma master class de mise-en-scène cinematográfica. (Acho que a master class de cinema de Scorsese foi em Depois de Horas, pelo qual ele ganhou o prêmio de direção em Cannes, mas é outra história.) Nanini me disse que inicia em breve os ensaios de O Bem Amado, peça de Dias Gomes que vai fazer no teatro, no segundo semestre, com direção de Guel Arraes e João Falcão. No ano que vem, o trio faz O Bem Amado no cinema - embora Nanini diga que estão somente 'apalavreados'. Não existe nada escrito, em termos de compromisso. Enfim, já joguei umj pouco de conversa fora. Vamos, no post seguinte, ao que interessa.

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