Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Jiri Menzel

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BERLIM - Assisti hoje a dois filmes dos quais gostei bastante e que me levam a reformular o que escrevi anteriormente, que meu candidato ao Urso de Ouro era Ne Touchez Pas la Hache. Estou colocando no passado, era, porque, embora continue gostando muito do filme de Jacques Rivette, me encantei com I Served the King of England, do Jiri Menzel, diretor checo que, nos anos 60, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro com Trens Estreitamente Vigiados. Soh quem foi jovem nos anos 60 pode avaliar o impacto que tinham os filmes checos - de Milos Forman, Kadar e Klos, e Jiri Menzel. O cinema polones, com, Wajda e Kawalerowicz, era soturnamente politico, enquanto o checo, sem deixar de discutir as grandes questoes politicas da decada que se pretendia revolucionaria, possuia um encanto e um toque visual delicado que seduziam a gente. Eh daquela epoca um filme checo que nem eh dos meus favoritos, mas virou cult, Um Dia Um Gato, sobre aquele gato que, olhando as pessoas, fazia com que sua natureza mais intima fosse transformada em cor. O apaixonado ficava de uma cor, o corrupto de outra, e assim por diante. I Served the King of England tem um pouco dessa fantasia, dessa beleza, mas aplicada aa historia desse sujeito que quer ser milionario e atravessa decadas da historia checa, do nazismo ao comunismo, e alem. Gostei do filme e agora, neste momento, estou sabendo que eh o primeiro grande vencedor da Berlinale, pois ganhou o premio da Fipresci, a Federation Internationale de la Presse Cinematographique, o premio da critica. Vou ter tempo de voltar a I Served the King of England, e voces esperem pelo filme na Mostra de Sao Paulo, ou antes, no Festival do Rio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.