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Uma geléia geral a partir do cinema

Honoré e Sirk?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

PARIS - Não sei se já havia falado para vocês, mas há duas semanas, aqui mesmo, em Paris, comprei uma revista chamada 'Transfuge' com uma sensacional entrevista do David Cronenberg e um artigo muito interessante acusando Marcel Proust, filho de uma judia, de ser anti-semita. O autor do texto ama 'A La Recherche du Temps Perdu', mas não perdoa o Narrador de não tomar partido em vários momentos da obra em que o anti-semitismo invade os salões que freqüenta, naquela Paris tão 'Belle Époque'. Achei a tal revista, que li na viagem, uma coisa assim 'Gatopardo', muito chique. Na rubrica DVD, encontrei um texto muito elogioso sobre o lançamento de uma caixa de clássicos de Douglas Sirk, incluindo 'Tudo o Que o Céu Permite' e 'Imitação da Vida'. Descobri - e é isto que quero repassar para vocês - que nos extras há um depoimento de Christophe Honoré em que o mais neo-nouvelle vague dos diretores franceses, devoto de Godard, Truffaut e Démy, declara seu amor por Sirk. Pensando bem, já dava para ter percebido isto em 'Dans Paris' e 'Les Chansons d'Amour'.

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