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Uma geléia geral a partir do cinema

Gravity!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

RIO - Posso estar sendo injusto - perdão -, mas me lembro de ter visto um título para a matéria de Zanin de Veneza. Cuarón decepciona, algo assim, com Gravity. Decepciona quem, cara-pálida? Fui ver o filme à meia-noite de ontem no Odeon. Saí do cinema quase duas da manhã no meio de uma garotada que reagia com o mesmo encantamento que experimentei diante de 2001, de Stanley Kubrick, em 1968. Tinha um que parecia desnorteado - puta filme mano, puta filme. E o cara tinha o olhar siderado de quem teve uma revelação. Não cito 2001 gratuitamente. As diferenças são gritantes, mas o filme de Cuarón é sobre essa mulher sem rumo no espaço, que precisa tomar foco quando tudo sai errado, senão não conseguirá voltar para casa. No espaço, sem gravidade, ninguém anda, não há som. Toda a construção dramática é para chegar ao momento em que o humano, lançado ao solo, se ergue. Cuarón termina seu filme onde Kubrick começava o dele - na aurora do mundo. De um novo mundo? De um novo cinema? Talvez exagere, e daí?, mas o cara tem de ter culhão para fazer um filme assim. Vocês compreenderão ao ver. Gravity também estreia agora no Brasil.

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