Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Gramado (7) - O intervalo

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

GRAMADO - Fui arrancado de uma sessão do festival - e de um filme que queria ver, o documentário (Janeiro 27) sobre a tragédia da boate Kiss, de Santa Maria - para escrever um texto sobre a morte de Robin Williams. Como? Não sei direito as circunstâncias, porque alguém, na redação do Estado, fez o factual e o que me foi pedido foi uma análise. Lembrei-me, como um raio, do que disse Arnaldo Jabor, acho que quando Robin Williams ganhou seu Oscar de coadjuvante (por Gênio Indomável). Ele seria o falso bom ator. Não concordo. Robin Williams exercitou-se em todas as mídias. Teatro, cinema e TV. Fez stand-up. Seus recursos de dublador, e imitador, eram inesgotáveis. E ele criou personagens inesquecíveis em Bom-Dia, Vietnã e Sociedade dos Poetas Mortos. para citar apenas dois filmes. E, embora tenha virado um emblema de cinema familiar e bons sentimentos, vivia o inferno fora das tela, como bêbado e drogado. Nada a ver, mas lembrei-me agora de Rodrigo Santoro. Muito emocionado, ele subiu ao palco do Palácio dos Festivais para receber, no sábado, o Prêmio Cidade de Gramado. No pódio, brincou - 'Não tem script para mim.' Não houve um script para segurar Robin Williams na vida. Foram tantos papeis. Tantos bons filmes. Triste, triste.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.