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Uma geléia geral a partir do cinema

Gramado 3/Elis!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

GRAMADO - Se há uma coisa que o cinema brasileiro aprendeu a fazer são boas biografias. Você pode gostar mais de uma ou de outra, mas no geral dão conta dos personagens, criam dramas eficientes. São sólidas. Não tenho muito registro do diretor Hugo Prata. Por abordar o universo musical, e por ser o biógrafo de Elis Regina, Júlio Maria foi chamado pela produção para fazer as matérias do filme no jornal. Visitou o set, entrevistou o diretor, a atriz etc. Mesmo agora, ao procurar informações sobre o diretor na rede, encontrei no site Adoro Cinema dois créditos - diretor e roteirista - de Elis. A surpresa para mim não é que o filme do autor desconhecido seja bom - nas reuniões de pauta do Caderno 2, Júlio botava fé no projeto -, mas seja TÃO bom. El.is é ótimo. E sua atriz, Andreia Horta, extraordinária. Sua interpretação tem tudo o que os norte-americanos adoram. Preparação física, vocal, emocional. Andreia transforma-se. Já a imaginei, no caso de o filme ser bem lançado na 'América' - Elis é conhecida internacionalmente - sendo indicada para o Globo de Ouro, o Oscar. Minha outra maior surpresa do filme... Não. No ano passado, aqui mesmo em Gramado, amei Gustavo Machado no curta Dá Licença de Contar, sobre Adoniram Barbosa. Ele se supera agora como Ronaldo Bôscoli. Gustavo Machado é insuperável como esse sedutor acanalhado. Encontra-se no papel de malandro, putanheiro. É maravilhoso. Júlio Andrade, como Lennie Dale, sem palavras. Preciso descer para o café, senão vou perder. Só queria dar conta do encanto que me produziu a Elis da tela.

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