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Uma geléia geral a partir do cinema

Festival

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Deixem-me contar rapidinho minha odisséia de fim de semana. No sábado, 6h40 já estava no aeroporto para embarcar às 7h20 para o Rio. Céu de brigadeiro, o vôo saiu no horário. chegamos ao Rio e não tinha teto. O Santos Dumont e o Galeão estavam fechados. Sobrevoamos o Rio quase meia hora e voltamos para São Paulo, onde começou uma longa espera, até 14h30, para volver à cidade Maravilhosa. Fui porque me havia comprometido com o pessoal do Festival Brasileiro de Cinema Universitário e não quis dar mancada. Cheguei e tive de recuperar o tempo perdido, assistindo a sessões e vendo filmes que havia perdido em DVD. Ontem, outra correria e ainda passei no escrtório da Vânia Catani, na Praia do Flamengo, para ver cenas de A Festa da Menina Morta e Feliz Natal, que assinalam a estréia na direção, respectivamente, de Matheus Nachtergaele e Selton Mello, dois dos maiores (os maiores?) atores brasileiros, com destacada atuação nos filmes da retomada. Vânia produz os dois por meio de sua empresa Bananeira Filmes. Gostei demais do que vi. Vou voltar ao assunto, mas quero escrever aqui, agora, que, não apenas eu, mas todos - foi uma opinião compartilhada com os outros dois jurados, Anne Fryszman e João Paulo Cuenca -, ficamos impressionados com o grau de profissionalização e acabamento da produção internacional do cinema universitário. Falo da produção internacional porque foi a que vi e tive de avaliar, como jurado. Achei que ia ver filmes talentosos, mas amadorísticos. Que nada! Adorei as animações O Espectro de Cobbe Hill (The Wrath of Cobbe Hill) e Ajustamento (Adjustment), achei emocionante o testemunho do chileno Trinta Anos (Treinta Años), sobre um homem que volta ao Chile, de onde se exilou aopós o golpe de Pinochet e confesso que me amarrei em dois filmes de um acabamento tão exemplar que... Olhem, não exagero se disser que estão entre os mais bem acabados que vi ultimamente. Roteiro, direção, interpretação. São filmes curtos, no máximo 20 minutos. Espero que estejam no Festival de Curtas de São Paulo, em agosto. O polonês No Meio (Pomiedzy), de Jose E. Iglesias Vigil, produzido na escola de cinema de Lodz, e o dinamarquês In Transit, de Lisa Aschan, produzido por uma escola chamada Shool (que não conheço). Foi uma surpresa, para mim. Pena que, nas sessões a que assisti, houvesse tão pouca gente. Mas me asseguraram que o horário batia com os filmes brasileiros e as outras sessões estavam lotadas.

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