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Uma geléia geral a partir do cinema

Festival de Gramado (11)/Magali! E o peruano!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

GRAMADO - Todo dia as sessões terminam depois da meia-noite, a gente vai jantar, conversa. Tenho ido para o quarto 2, 3, 4 da manhã. E aí zapeio na TV. Só eu para, a essa altura, ficar fazendo a revisão do cinema de ação na madrugada. Vi no outro dia a segunda metade de Missão Impossível 3 - o filme é magnético, não consigo desgrudar -; depois, na noite seguinte, o Ultimato Bourne; e nesta madrugada o Transportador, com Jason Statham. Isso não é vida. Acordo, tomo café e já engreno debate, filme, mais filme. Não dei conta do que foi, para mim, o belo filme de Caroline Leone, Pela Janela. Um mulher madura cujo mundo implodiu - ela perdeu o emprego - cai na estrada com o marido. Viajam de carro até a Argentina. Ela viaja no seu silêncio, na sua dor. Chegam às cataratas do Iguaçu e ocorre algo mágico. Diante daquela natureza exuberante, tudo fica pequeno. A cena é grandiosa. Provoca uma mudança na protagonista, que começa a se reconectar com o mundo. Magali Biff, grande atriz de teatro - atriz de meu amigo Gabriel Villela -, é quem faz o papel. Mostra que menos é mais. Não tem para ninguém. É, disparada, a melhor atriz desse festival. Ela, como protagonista, Clarice Abujamra como coadjuvante no filme de Laís Bodanzky, Como Nossos Pais. Ainda falta Camila Morgado nesta noite, e dizem que ela está magnífica em Vergel. Tomara que esteja, mas, por enquanto, é nóis. Magali, Clarice. Do Peru veio um filme que me siderou. Já tinha visto Como Nossos Pais, As Duas Irenes (em Berlim). Valeu a pena ter vindo aqui só para ver La Ultima Tarde, na mostra latina. Preciso descer para o debate, justamente desse filme. Mas o registro já está feito.

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