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Uma geléia geral a partir do cinema

Explode coração

PORTO ALEGRE - Dormi até quase 10 horas, Deve haver alguma explicação psicanalítica para isso - Freud explica tudo -, porque eu mesmo me impressiono. Em casa, sou um reloginho. Acordo 6h30, com ou sem chamado da Telefônica. Em Porto, relaxo e, se não me chamam, tenho a impressão de que seria capaz de dormir o dia todo. Feita a observação, tinha os filmes na TV e as crítica de 'Super 8' para a edição de amanhã do 'Caderno 2'. Amei o filme de J.J. Abrams, que vi ontem no Unibanco do Shopping Bourbon, em meio a uma plateia formada predominantemente por jovens. Nenhum vibrou mais do que eu. Como soma de gêneros (terror, disaster movie, ficção científica, guerra etc), o filme é uma súmula do cinemão, mas o que me encanta no cinema de J.J. é o recorte intimista. Relações entre pais e filhos, entre homens e mulheres, amizade, é sempre isso que importa - e  'Super 8' tem tudo. Não havia lido os comentários de vocês, quye vio só hoje de manhã, mas gostei tanto que usei, com crédito, a fórmula do Severo. A cena em que o menino fala com o ET monstruoso e, na verdade, está falando com ele mesmo, expondo e tentando superar seus demônios internos, é de um intimismo de doer. Visceral.  Quase morri. Mas não vou falar mais de 'Super 8', pelo menos agora, porque sinto que estarei repetindo o que disse na crítica de amanhã do 'Estado'. Estava uma linda manhã de Porto, com sol e tudo. Agora, que vou sair, as nuvens cobriram o sol e eu só espero que não vá chover (de novo). Em Gramado, Ivonete Pinto me falou de uma nova sala, na Marquês do Pombal, face ao muro do Hospital Militar. Morava ali pertinho, na Mata Bacelar. Estudei no G.E. General Daltro Filho e, por muitos anos, esse foi um caminho que fiz a pé, todo dia. Acho que poderia repeti-lo de olhos vendados. Sinceramente, não preciso de mais madeleines. Depois das emoções de 'Super 8', não sei se vou arriscar descobrir a tal sala nova. Meu coração pode não resistir...

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Por Luiz Carlos Merten
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