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Uma geléia geral a partir do cinema

'En-cantado'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Encontrei ontem Marcelo Pestana na entrada do estacionamento do Teatro Alpha. Ele saía com um grupo da sessão da tarde de 'A Noviça Rebelde'. Eu chegava. Foi como uma mudança de guarda. Conversamos rapidinho, Marcelo me disse que eu ia gostar mais do filme de Robert Wise, depois. Ele gostou da montagem, eu também - já disse que achei o melhor musical da dupla Moeller/Botelho. Isso não quer dizer que tenha achado 10. Gostei demais das cenas com a madre superiora, que canta divinamente, e também de certos momentos de 'Maria' com as crianças. O curioso é que, embora muitas vezes os cantores sejam os mesmos, nenhum outro desses musicais da 'Broadway made in Brazil' me parece tão bem 'cantado', ou 'encantado'. O score de Rodgers e Hammerstein é maravilhoso e as versões muito boas. No caso de 'Amor, Sublime Amor' (West Side Story), havia implicado com certas escolhas do diretor Jorge Takla. Tudo bem que ele não quisesse usar as versões conhecidas de 'Maria' e 'Tonight', mas as antigas eram muito melhores (e eu consigo cantá-las até hoje). Mesmo assim, entendi o que me disse o Marcelo. Por melhor que seja a Maria de Kiara Sasso, a personagem é excessiva. Quando, na volta da lua de mel, ela diz à garota que sabe que ama o capitão porque pensa nele antes do que em si mesma, pensei comigo: mas que xarope, purgante mesmo! Menos, gente, gente. E a pretendente do capitão não tem nem de longe a finesse da personagem de Eleanor Parker no filme, que sabe sair de cena sem precisar ser fdp carreirista. Elanor Parker! Vou ter de fazer um post qualquer hora dessas sobre essa bela atriz! Feitas as ressalvas, achei legal 'A Noviça Rebelde'. E insisto. O espetáculo é muito bem cantado. Por todo o elenco.

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