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Uma geléia geral a partir do cinema

E o Lumière foi para...

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

PARIS - Já que falei em Vincent Cassel como vencedor do Lumière de melhor ator, deixem-me completar a lista de premiados da Associação dos Correspondentes Estrangeiros na França. O melhor filme do ano foi 'Entre les Murs' (The Class), que já havia vencido a Palma de Ouro no ano passado e o próprio Laurent Cantet me confirmou que vai ao Brasil em março, para o lançamento. Ele admite estar muito cansado. Desde maio, não faz outra coisa senão viajar, promovendo e discutindo seu filme. Agora mesmo, a campanha é pelo Oscar e eu confesso que não pesquisei. Já saíram os indicados? 'Entre les Murs' concorre ao prêmio de melhor filme estrangeiro? Voltando aos Lumières, Yolande Moreau foi a melhor atriz, por 'Séraphine', no qual interpreta a faxineira de Picasso, por volta de 1912. O filme resgata essa personagem desconhecida que teria sido uma pintora genial, tanto ou até mais do que o próprio Picasso (exagero, claro. Afinal, Pablo foi um dos gigantes da cultura e do pensamento, tudo a mesma coisa, no século 20). Cantet pode ter ganhado, como se esperava, o prêmio para o melhor filme, mas não ficou com o Lumiére de direção, atribuído a Raymond Dupeyron, por 'Aide-toit, le Ciel t'Aidera', um belo filme que espero ver sendo lançado no Brasil. 'Aide-toi' é sobre uma descendente de africanos, mãe de vários filhos, que casa a mais velha. A festa vira palco de confrontos e a protagonista ganha ajuda de um vizinho solitário.

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