PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

E o Leão de Ouro é da Mostra!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Almocei com meu amigo Dib Carneiro e estava indo ao cinema, para tentar ver Nocaute, de Antoine Fucqua, com Jake Gyllenhaal. Margarida Oliveira me pegou em casa, aonde passei rapidamente, para me dizer que o Leão de Ouro é da Mostra! Fiz uma pesquisa rápida e o júri presidido por Alfonso Cuarón e integrado por Nuri Bilge Ceylan outorgou o prêmio maior da Mostra de Arte Cinematográfica de Veneza - é assim que se chama o festival - ao filme venezuelano Desde Allá, de Lorenzo Viga. É a primeira vez que um filme da Venezuela ganha em Veneza ou qualquer outro festival - estou falando do ouro - e a gente só tem de esperar pela Mostra porque o filme do Viga já está comprometido com o evento em São Paulo. Cuarón fez direitinho sua lição de casa, porque o prêmio de direção, o Leão de Prata, foi para outro filme latino, o argentino El Clan, de Pablo Trapero. O prêmio mais inusitado do festival, Venice/Venezia Classics, foi para o restauro de Salò ou Os 120 Dias de Sodoma, de Pier-Paolo Pasolini. Que loucura! Salò está completando 40 anos. Em novembro, serão 40 anos da morte de Pasolini. E o filme, que não ganhou nada, nenhum prêmio, na estreia, agora obtém reconhecimento. O que isso quer dizer? Pasolini vive!

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.