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Uma geléia geral a partir do cinema

E o Kikito... (5)

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

GRAMADO - Daniel Filho recebe hoje à noite o prêmio Cidade de Gramado. São 60 anos desde que ele estreou com Colégio de Brotos e depois Daniel participou de filmes que ganharam projeção, como Mulheres e Milhões, de Jorge Ileli, e Esse Rio Que Eu Amo, de Carlos Hugo Christensen, até chegar a 1962 e a Os Cafajestes, de Ruy Guerra. Há 53 anos! Desde então, Daniel Filho tornou-se uma figura visceral do audiovisual brasileiro. Cinema e TV. Ator, produtor e diretor. Fui pesquisar na rede e encontrei que ele dirigiu 16 filmes - espero que esteja certo. Pelo menos uns dez são recordistas de público no País. Fizeram dele o sr. Bilheteria. Muita gente continuaria na sua zona de conforto. Daniel, além de abandonar um cargo poderoso na TV, na Globo, para se concentrar no cinema, fez este ano um experimento, um filme tão miúra, Sorria Que Você Está Sendo Filmado, que não deve ter recolhido na bilheteria 1% da sua receita habitual. Mas ele pode, ele ousa. Pessoalmente, tenho o maior respeito por Daniel Filho como homem de cinema e TV. Mas talvez o surpreenda se disser que, nesses anos todos de encontros e entrevistas, o 'meu' Daniel pode não ser o diretor de megassucessos, mas o ator de Cacá Diegues em Chuvas de Verão. É o melhor filme de Cacá, é a melhor atuação de Daniel, e lá ele também ousava. Longa vida ao diretor de O Casal, O Cangaceiro Trapalhão, Se Eu Fosse Você 1 e 2, Tempos de Paz, Chico Xavier. Nós, o público, lhe agradecemos.

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