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Uma geléia geral a partir do cinema

É hoje! E o Javier leva?

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

E aqui vamos nós de novo no Oscar. Mais um, ou menos um, como diria Mário Peixoto, autor do cult 'Limite'. Como jornalista, me ligo no prêmio da academia e hoje devo fica na redação do Estado até o fim da transmissão da cerimônia pela Globo. Tenho (temos) um jornal para redigir e na terça ainda tem mais. Mas eu não me amarro muito no prêmio, não. Vou até confessar que, embora esteja há 40 anos nesta de escrever sobre cinema - 40 anos! Mais do que a idade da maioria de vocês, garanto -, nunca consigo pensar com a cabeça dos votantes da academia. Sou sempre atropelado pelos resultados e algumas escolhas, às vezes, me deixam de boca aberta. Os caras têm o feeling de ir no pior. No jornal, deixei de participar do bolão, porque perdia sempre para o pessoal do esporte, da política... Teve uma vez que o contínuo ganhou. Nada contra a função, claro, mas é só para comparar - o cara não é 'especialista', como se supõe que eu seja. Me deu um banho. Mas o Oscar não dá. Mesmo assim, tenho meus palpites para este ano. Javier Bardem leva o prêmio de coadjuvante masculino, por 'Onde os Fracos não Têm Vez'; Julie Christie leva a estatueta de melhor atriz, por 'Longe Dela', mas se houver uma polarização muita grande entre Marion Cotillard, a Piaf, e ela, quem pode levar é a Ellen Page, de 'Juno'. Morro de medo de pensar que Daniel Day-Lewis, já premiado pelo Actor's Guild, possa leva o prêmio de Oscar ator, por 'Sangue Negro'. Para mim, a coisa teria de ser decidida entre Johnny Depp, por 'Sweeney Todd', e Viggo Mortensen, por 'Senhores do Crime', que estreou na sexta e ainda nem comentamos aqui. Amo o filme do Cronenberg e acho um absurdo que nem ele nem 'Sweeney Todd' tenham sido indicados na categoria principal. Mas, também, uma academia de cinema que põe 'Conduta de Risco' entre seus premiáveis é muito academia mesmo (e no sentido mais pejorativo do termo). Continua no próximo post.

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