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Uma geléia geral a partir do cinema

Dovjenko, Pudovkin, meus soviéticos 'do coração'

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Bruno e André me pedem dicas de filmes soviéticos - os meus preferidos -, que eu prometo responder, mas não agora. De qualquer maneira, não vão ser muitos Eisenteins. 'O Encouraçado Potemkin', sim, claro, mas de resto prefiro Dovjenko, 'Terra' e 'Chtchors', da mesma maneira que me encantam Medvedkine ('A Felicidade') e o Pudovkin. A cena do degelo em 'A Mãe' é uma coisa maravilhosa - morto seu filho revolucionário, a mãe assume a bandeira da luta operária e isso ocorre quando quebra-se o gelo e as águas do rio avançam, como uma metáfora da revolução. Aliás, é interessante compárar a batalha do gelo de 'Alexandre Nevski', que Eisenstein fez para celebrar o camarada Stálin, com música do Prokofiev. O filme usa o personagem históricxo que repeliu os cavaleiros teutônicos para criar uma unidade em torno de Stálin, como o homem que poderia guiar os russos (soviéticos) contra os nazistas. Mas há um filme do Pudovkin que eu gosto ainda mais do que de 'A Mãe'. É 'Tempestade sobre a Ásia', que vi uma única vez, no começo dos anos 60 - a maioria de vcocês nem era nascida -, numa grande retrospectiva que ocorreu no Salão de Atos da Reitoria da UFRGS. Nem sei quem promovia, mas, além da grande mostra do cinema soviético, tivemos, no mesmo espaço, uma mostra do expressionismo alemão e outra do cinema polonês. Isso dewve ter sido em 1962/63, porque logo veio a redentora e acabou aquela farra de ver o cinema do bloco comunista. Me lembro que me marcaram muito a trilogia de Gorki, acho que do Donskoi, e alguma coisa da dupla Kozintsev-Trauberg, especialmente 'A Nova Babilônia'. Vou falar mais sobre isso, prometo - e, claro, desde que vocês se interessem. Mas agora, quero contar o seguinte... No próximo blog.

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