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Uma geléia geral a partir do cinema

Donald E. Westlake

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Esqueci-me, no post anterior, de acrescentar que Cão Branco tem roteiro de Sam Fuller e... Curtis Hanson, o quer para mim foi uma surpresa, pois não sabia - não é só que não me lembrasse - da parceria de Sam com o diretor e roteirista de um dos meus cults, Los Angeles - Cidade Proibida. Embora esteja iniciando o post com esta informação, meu assunto será outro. Taylor Hackford, diretor de Parker, dedica o filme co Jason Statham e Jennifer López a Donald E. Westlake. Donald quem? O espectador que não estiver familiarizado com o nome poderá se indagar quem é. Ele escreveu mais de 100 livros, dos quais 15 foram adaptados para o cinema. No finalzinho de 2008, Donald E. Westlake morreu no México, onde passava férias. Tinha 75 anos e sua mulher informou que o ataque fulminante do coração ocorreu quando o casal deixava o hotel para ir a uma festa de réveillon. Para um autor de uma centena de livros, é curioso constatar que pouquíssima gente sabe de quem se trata, porque ele escreveu quase sempre sob pseudônimo. O mais famoso foi o de Richard Stark, autor - creditado - não apenas de Parker, mas de um thriller cultuado que John Boorman realizou nos anos 1960, masis exatamente, em 1967. À Queima-Roupa, Point Blank, com Lee Marvin, incorporou novas técnicas de narrar (absorvidas do francês Alain Resnais) a um tenso relato policial. Mais de 30 anos depois, o filme ganhou um remake e virou O Troco, e o diretor e roteirista Brian Helgeland jura que seu filme foi estragado pelo astro Mel Gibson na montagem. Não só pela origem nem pela dedicatória, espero que vocês tenham vontade de conferir Parker também pelo autor que lhe deu origem. Statham, López e Taylor Hackford. Parker pode até não ser bom (de verdade), mas tem observações e uma tensão que o elevam da média.

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