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Uma geléia geral a partir do cinema

'Crimes de Autor' (2)

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Incrível! Cheguei ontem às quatro da tarde, um pouco antes, à Faap, para assistir a 'Crimes de Autor', de Claude Lelouch, que seria seguido de dwebate com o diretor. Havia uma multidão, mas não era para Lelouch e sim, para Gael García bernal, às 19h30. Foi o horário em que passou 'Deficit', seguido de debate (às 21 h) com o ator e diretor. Põe devoção nisso! Aliás, Margarida Oliveira, da assessoria da Mostra, me disse que Gael estava assustado com o assédio do público de São Paulo. Em nenhum outro lugar do mundo, nem no México, nem na Argentina - onde filmou 'O Passado' com Babenco -, ele foi 'caçado' como na quinta à noite, na abertura da 31ª Mostra. Esse tipo de estrelismo não faz muito o perfil da Mostra, mas às vezes acontece. Achei 'Crimes de Autor' bem legal. O filme foi precedido pelo curta 'Rendez-Vous', que lelouch fez nos anos 70 e a cena da corrida vertiginosa pelas ruas de Paris volta num breve momento de 'Crimes'. O final de 'Viver por Viver', de 1967, o filme dele de que mais gosto - com Annie Girardot no aeroporto, à espera de Yves Montand, sem saber se ele vem ou não naquele avião - também é citada, aquilo que os franceses chamam de clin-d'oeil (piscar de olhos), no final. Vejam 'Crimes de Autor', que ainda terá uma ou duas sessões.

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