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Uma geléia geral a partir do cinema

Cannes Classics!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Ontem passei mal, Nem fui trabalhar porque estava derrubado. Para fazer um texto minúsculo que deve estar no Caderno 2 de hoje - o Festival Finos Filmes - demorei horas, porque não conseguia me concentrar. Jesus! Nem dei conta de Cannes Classics. Na quarta, 3, o festival divulgou a lista dos filmes que estarão na sua seleção de clássicos restaurados deste ano. Faço sempre verdadeiras ginásticas para tentar ver o maior número de filmes da seleção, mas nunca dá para ver todos. Em 2017, comemorando seu 70.º aniversário, Cannes Classics apresenta uma seleção autorreferente, formada por filmes que ajudaram a fazer a história dessas sete décadas. Serão 24 longas, um curta e cinco documentários. Representam a diversidade que tem feito a grandeza de Cannes - Hungria, Líbano, Sérvia, Reino Unido, Itália, EUA, Israel, Mauritânia, Nigéria, Polônia, Suíça, Japão, Espanha, Países Baixos, Canadá, Bélgica e Austrália, todos países que consideram importante a salvaguarda do patrimônio nacional. Só uma palinha - a Batalha dos Trilhos, de René Clément; O Salário do Medo, de Henri Georges Clouzot; O Pequeno Carrossel de Festa, de Zoltan Fabri; Encontrei Ciganos Felizes, de Alexander Petrovic; Blow-Up, de Michelangelo Antonioni; Oh Sol, de Med Hondo; Babatu, de Jean Rouch; O Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima; All That Jazz/O Show Deve Continuar, de Bob Fosse; O Homem de Ferro, de Andrzej Wajda; Yol, de Yalmaz Guney; A Balada de Narayama, de Shoei Imamura; e El Sol nel Membrillo, de Victor Erice. Tudo isso e mais Madame De..., de Max Ophuls, que será exibido com a última entrevista concedida por Danielle Darrieux; L'Atalante, de Jean Vigo; A Bela da Tarde, de Luis Buñuel; Nada É para Sempre, de Robert Redford; e Lucía, de Humberto Solas. Entre os documentários, destaco dois - Becoming Cary Grant, que deve ser docudrama, pois o astro é interpretado por Jonathan Pryce, e Jean Douchet -L'Enfant Agité, realizado por três jovens que seguem o mestre. Nos anos 1960, Douchet já era adorado por Jeferson Barros, em Porto Alegre. Sinto que vou ter de ver esse filme como homenagem a um dos grandes críticos do Rio Grande do Sul.

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