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Uma geléia geral a partir do cinema

Brasileiros em Cannes

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANCUN - Talvez o titulo do post esteja equivocado e devesse ser `Brasileiros fora de Cannes`. Welington Liberato fez um comentario, alguns posts atras, sobre sua indignacao por nao haver nenhum filme brasileiro em Cannes - pelo menos nas mostras principais, na competicao e em Um Certo Olhar. Pode ser que o Brasil ainda emplaque alguma coisa na Quinzena, ou, com mais propriedade, na Semana da Critica, alguma coisa no espirito investigativo e experimental, na falta de outra definicao, de Tiradentes. Havia a expectativa, pelo menos para mim, de que o novo filme de Paula Gaetan fosse selecionado. Ouco falar tao bem dele. Quem sabe na Quinzena? E nao concordo com o Welington, que faz meia analise interessante - o Brasil de Lula e Dilma mudou, hah mais inclusao social (apesar da desigualdade economica), favelas foram pacificadas (o que nao erradicou a violencia nem a droga) e isso talvez faca diferenca na forma como os europeus veem o Pais -, mas discordo quando ele diz que Hector Babenco e Arnaldo Jabor perderam a mao. Tenho ido ao inferno para defender o Suprema Felicidade e mesmo nao gostando de alguns filmes recentes de Babenco, existem neles momentos/fragmentos que revelam o grande director que sabe ser. Agora mesmo, Babenco fez um episodio para um filme coletivo, acho que do Inarritu, que tem prestigio em Cannes e nao duvido que, se esse filme ficar pronto a tempo, seja incluido fora de competicao. Mas, sim, Welington, eh frustrante, ateh porque depois, quando a gente estah vendo os filmes, sempre tem uma m... tao grande que leva aa pergunta inevitavel - poh, mas como esse filme foi selecionado? Tem coisa muito melhor no Brasil. E tem mesmo. Se nao fosse o problema de calendario, que o levou a outros festivais, quero crer que O Som ao Redor teria todas as chances em Cannes.

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