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Uma geléia geral a partir do cinema

Birdman 1 e 2

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Fui dormir acho que às 4. Estava pilhado, ao chegar em casa. Tinha passado mal durante o dia, comi frutas, postei, vi TV. Hoje às 8 já estava no ar com Mário Kertesz na Rádio Metrópole de Salvador. Adorei o papo e terminei sistematizando algumas ideias que brotaram ontem à noite. Por exemplo - essa é de matar, vou avisando. O que Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), o filme de Alejandro González-Iñárritu que venceu o Oscar 2015, tem em comum com O Destino de Júpiter, de Andy e Lana Wachowski? Tirando o fato de serem filmes autorais (os dois) e terem fracassado nas bilheterias? Birdman, afinal, está recuperando no mercado externo o que não faturou em casa (US$ 40 milhões nos EUA). Têm tudo - o filme de Alejandro é sobre um astro de cinema que voava como pássaro numa série de super-heróis e que busca recuperar as asas, metaforicamente, ao tentar provar, no teatro, que é grande ator, o que seu passado como astro de cinema não permite nem imaginar. O filme soluciona-se pelo olhar da filha de Michael Keaton e Emma Stone é quem faz o papel. Emma poderia ter levado o Oscar de coadjuvante - merecia mais que Michael Keaton - e não teria sido injusto com Patricia Arquette, mas, nesse caso, a derrota de Boyhood teria sido mais acachapante e o filme não teria levado nada. (Keaton foi o Mickey Rourke desse ano. Criou-se a fantasia de que é um grande ator e merecia o prêmio, como Rourke teria merecido, anos atrás, com O Lutador, de Darren Aronofsky.) Em O Destino de Júpiter - na França, onde o vi, o filme chama-se Júpiter et le Destin de l' Univers -, Channing Tatum faz um guerreiro intergaláctico, um homem-pássaro que também precisa recuperar suas asas e que o faz salvando a dona da Terra, Mila Kunis, de morrer nas mãos do malvado Eddie Redmayne, que super-representa (e está muito ruim). É uma típica ficção extravagante, bem ao gosto dos irmãos, agora do casal de irmãos, Wachowski. É isso aí.

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