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Uma geléia geral a partir do cinema

'Besouro' (1)

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Fui ver ontem de manhã o Besouro, de João Daniel Tikhomiroff, filme brasileiro apontado para estrear dia 30 e que já virou fenômeno na internet, não sei mais com quantos mil acessos ao seu trailer e site. Já havia gostado das primeiras imagens - para quem curte, como eu, aventuras de artes marciais, ver o herói voando na tela era uma coisa que excitava minha imaginação. Cheguei tarde, o que foi uma m... Perdi uns 15 minutos do filme, mas não tive dificuldade para entrar no clima. 'Besouro' vamos lá, é o tipo do filme que os críticos amam odiar. No final, todo mundo que passava por mim despejava sua gota de fel e houve até um que, de certo me achando incapaz, resolveu me dar uma aula sobre a interpretação dos atores em 'Besouro'. Quero dizer que tive uma impressão muito ambivalente. Gostei do que vi, mesmo reconhecendo que a estética é daquelas que se encaixam no conceito de 'publicitária' - mas justamente o trabalho de Fátima Toledo com o elenco tira o filme dessa seara -, o problema é que não consegui me satisfazer. Foi, como se diz, um coito interrompido. As cenas, isoladamente, são belas - grandes lutas, uma trepada, encenada como capoeira, maravilhosa -, mas a estrutura dramática não me convenceu e eu fiquei com o gosto amargo de quero mais. O próprio desfecho poderia ser aquele, mas teria de ser diferente, para funcionar. Preciso (re)ver 'Besouro' completo, o que até ia fazer ontem à noite, mas não deu. De qualquer maneira, o filme me estimulou algumas ideias que gostaria de discutir com vocês. No próximo post, vamos lá.

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