Foto do(a) blog

Uma geléia geral a partir do cinema

Assino embaixo

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

PAILÍNEA - Mantenho a procedência, mas o post não tem nada a ver com o fato de estar aqui na cidade, por conta do festival de cinema. E, aliás, nem estou em Paulínea, mas hospedado num hotel aqui na vizinha Campinas. Faço minhas as palavras do Wellington, que pegou carona no post sobre 'Vou para Casa' ('Querido Manoel') para recomendar bons filmes a que tem assistido. Um é o israelense 'A Banda', outro é 'A Questão Humana', de Nicolas Klotz, que esteve em São Paulo, no ano passado, convidado pela Mostra (e o filme ganhou o prêmio da crítica), e o terceiro é 'Estômago', um dos mais originais e criativos filmes brasileiros recentes, numa vertente 'escatológica' que lembra 'O Cheiro do Ralo', mas na verdade com preocupações de tema e estilo que lhe são próprias. Prometi falar sobre Bresson e Garrel, cujos filmes estão em cartaz na Sala Cinemateca. Alguém (quem?) comentou aqui que os filmes de Garrel acompanham a mostra dedicada a 68, e que inclui uma bela exposição fotográfica. Em Paris, o MK-2 Hautefeuille, da rede de Marin Karmitz, também está com uma retrospectiva de 68 que inclui dois 'Garréis' - 'On Entends pas la Guitarre' e 'La Naissance de l'Amour'. Vi o segundo no fim de maio e me pareceu um Garrel de fôlego, como 'Amantes Constantes', ao contrário do filme dele em competição em Cannes, este ano, e que me pareceu tão decepcionante que nunca me lembro o título. Ou melhor, devo ter apagado o filme da memória. Deletei, em linguagem destes tempos modernos. Quanto a Bresson... É gênio. Qualquer filme dele que esteja em cartaz na Cinemateca vale o caminho de São Tiago. Eu não posso. Estou longe. Mas vocês que estiverem em São Paulo vão lá, por mim, em peregrinação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.