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Uma geléia geral a partir do cinema

Antonioni também?

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Estou em choque! Viajei quase 24 horas para chegar a Tel-Aviv, via Milão. A sensação é de que estou no meio do deserto. A mais quente cidade brasileira é refresco perto disso aqui. Cheguei e da janela vejo meia Tel-Aviv na praia. Nem Copacabana, aos domingos, fica tão apinhada de gente. Mas o choque não veio disso, desse calor senegalesco. Ontem, quase perdi o vôo. Por nada do mundo ia perder a chance de fazer a capa do Caderno 2 sobre Bergman. Tinha outras matérias na edição, tinha de correr em casa para fazer a mala e ir para o aeroporto. Meu vôo saiu às 3 de Cumbica. Nem sei como consegui. Estava quase entrando no avião quando corri a um telefone público - vocês sabem que não uso celular - e liguei para meu editor, Dib Carneiro Neto. Cito o Antonioni no fim da matéria que saiu hoje no Estado. Me deu um branco - Antonioni não tinha morrido? Juro! Dib me tranqüilizou. Tá louco? Vai lá pega teu avião. Hoje, agora há pouco, quando finalmente consegui me comunicar com o Caderno 2, a Eliana Souza, nossa pauteira, ironizou - que língua, hein? O quê? Ela viu que eu não sabia. Antonioni também morreu ontem. Bergman de manhã, Antonioni à noite. Estou em choque! Preciso parar um pouco para absorver a notícia.

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