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Uma geléia geral a partir do cinema

Almodóvar!

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

CANNES - Rapidíssimo, para não perder Resnais. Gostei do novo Almodóvar, 'Los Abrazos Rotos', mas confesso que sou meio voz isolada. A maioria dos coleguinhas achou que ele se repete. Não estou de acordo. Almodóvar volta a gêneros que curte, o melodrama e o filme noir, para fazer sua mais apaixonada declaração de amor ao cinema e ainda projetar o público numa vertiginosa história de amor louco, poder, paixão, culpa e sexo, muito sexo. O filme conta a história desse diretor cego, que se esconde, como escritor, por trás de um pseudônimo. Do seu passado, ressurge a história de Penelope Cruz, a amante de um milionário que se converte em produtor e que ele tenta transformar em estrela de um filme que será massacrado na montagem. De cara, Almodóvar cria uma cena ótima. O produtor e um garoto que trabalha com ele, filho de sua produtora, decidem escrever uma história de vampiros. Começam a discutir possibilidades para uma cena de sexo. É um diálogo tão louco, tão turbinado (e 'turbilhonado') - como o próprio filme -, que eu entrei por aquela porta e não saí mais. Quanto mais melodrama Almodóvar colocava na história, mais eu queria. Amei!

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