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Uma geléia geral a partir do cinema

Agora, sim, 'meus' 10

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Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Daqui a menos de 24 horas, o ano terá terminado e estaremos em 2019. O novo ano começa cheio de presságios. Esperança? É a última que morre, mas está difícil. No novo governo que será empossado na terça, 1.º, a Cultura deixará de ser um ministério para virar secretaria no novo ministério da Cidadania. Há quase 30 anos, Collor foi empossado e, de cara, fez todo aquele estrago, inclusive extinguindo a Embrafilme em nome de um novo tempo (e do combate à corrupção). Deu no que deu. Jair Bolsonaro também assume cercado de acólitos que querem libertar o Brasil da ameaça esquerdista, isto é, querem atrelar o País aos interesses norte-americanos. A Cultura é inimiga porque rezou na cartilha do #EleNão. Ancine, Lei Rouanet, todo mundo é suspeito e, enquanto isso, jogando os holofotes sobre os outros, o clã fica livre de prestar esclarecimentos sobre a podridão que faz feder a família e o governo que ainda nem assumiu, mas estamos todos fazendo de conta de que ninguém viu nem sabe de nada. Nesse quadro - não sei que horas esse texto será lido, mas neste ponto exato já estamos no 31. É 0h01 -, disse que ia publicar minha lista de dez mais no último dia do ano. Aqui vai ela, com algumas surpresas em relação à anterior, dos 20 +, mas sobre isso eu havia alertado. O texto amarrando todos esses filmes faço depois. Agora, só os títulos (e os diretores). Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans Em Chamas, de Lee Chang-dong Roma, de Alfonso Cuarón Asako I e II, de Ryusuke Hamaguchi Antes do Fim, de Cristiano Burlan Desobediência, de Sebastián Lelio Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg Kiripkura, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge A Moça do Calendário, de Helena Ignez Culpa, de Gustav Möller Não apenas Arábia é o melhor filme do ano como a personalidade cinematográfica de 2018 também é brasileira. Ora, quem? Tem alguém mais que esteja duas vezes nessa lista? É ela, Helena Ignez, atriz e autora.

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