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Uma geléia geral a partir do cinema

A nova mulher em MIB e X-Men

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Meu editor, Ubiratan Brasil, pautou-me para ver Casal Improvável. Fui ontem à tarde, no Shopping Frei Caneca. Diverti-me bastante e a plateia, então, ria como se Charlize Theron, Seth Rogen e o diretor Joseph Levine estivessem (re)inventando o humor. Ele faz repórter investigativo que se demite depois que empresário escroto compra o jornal. Vai escrever os discursos da secretária de Estado Charlize. Ela tem planos decisivos para a questão do meio ambiente - e ele a ama desde os 13 anos, quando foi sua babá. Não seria uma comédia 'de' Seth Rogen sem escatologia. Tem uma história de se masturbar, ejacular e 'aquilo' ficar pendurado na cara, tudo devidamente documentado. Olha o spoiler. Charlize, dura na queda - a nova mulher -, está a um passo de ceder e se comprometer, mas manda tudo às favas. Guenta, América. E o amigo negro de Seth - 'Wakanda para sempre.' Quase chorei. A cultura pop - o cinema - que se retroalimenta. O empoderamento, lá vamos nóis traveiz. O homem como primeiro cavalheiro. Sexo, drogas e Roxette, It Must Have Been Love, da trilha de Uma Linda Mulher, mas Charlize não é Cinderela para ficar apostando em príncipe encantado. Há uma direitização em curso no mundo, mas certas coisas não têm volta. A nova força das mulheres. Emendo com X-Men - Fênix Negra. Jennifer Lawrence, p... da cara, batendo boca com Xavier e dizendo para James McAvoy que deveria mudar o nome do grupo para X-Women, porque os homens só têm feito m... e ele (Xavier) não tem feito nada, o que obriga as mulheres, e ela, a resolverem as paradas. Já ouvi essa discussão recentemente, em MIB Internacional, onde Tessa Thompson também sugere que a agência deveria trocar o nome para Women in Black. Em Fênix Negra, o desequilíbrio e o reequilíbrio, da força e do mundo, são obras das mulheres. Com o Guia à mão, fui conferir o quadro de cotações da concorrência. Só nulidades, frases de efeito, gracinhas, só um chegou perto - um filme de perdas... O filme de Simon Kinberg, com sua heroína autodestrutiva, e atormentada, é muito melhor do que aquilo.

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