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Uma geléia geral a partir do cinema

A consagração do Faroeste

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

BRASÍLIA - Antes de falar do BIFF e para permanecer no noticiário local, Faroeste Caboclo, de René Sampaio, emplacou sete das 13 estatuetas a que concorria na 13.ª edição do Prêmio do Cinema Brasileiro. Melhor filme, diretor (René Sampaio), ator (Fabrício Boliveiro), roteiro (Marcos Bernstein e Victor Atherino, adaptado da canção de Renato Russo) e também fotografia, montagem e som. Faroeste derrotou O Som ao Redor e Bolveiro desbancou Irandhyr Santos, Wagner Moura e Jesuíta Barbosa, o que não é pouca coisa. Hesitei até o último momento entre Faroeste Caboclo e o miuríssimo São Silvestre, de Lina Chamie, na minha lista de melhores filmes do ano passado. Fiquei com o miúra, não só por cacoete de crítico, mas também poque tive uma epifania vendo o filme de Lina sobre a tradicional corrida que antecipa o réveillon em São Paulo. São Silvestre jamais seria indicado para o Prêmio do Cinema Brasileiro nem nenhum outro prêmio, e por isso fiz questão de que ele tivesse no Estadão o reconhecimentio que merecia. Entre os finalista do prêmio do Cinema Brasileiro não teria vacilado. Nem sabia quem eram os indicados. Sorry, mas esse prêmio tem ocorrido à margem da minha vida e eu à margem dele. Faroeste bateu O Som ao Redor, Cine Holiúdy, Tatuagem e Flores Raras. Legal. A notícia que li não dá conta de quem foi a melhor atriz. Ísis Valverde concorria? Duvido. É bonita demais para que as pessoas reconheçam a intensidade com que abraçou o papel. Daqui a uns 30 anos, quando aquele corpão começar a despencar, talvez se deem conta de que, sim, ela era (é) boa. Cabe destacar que, em seu discurso de agradecimento ou na entrevista, pós-vitória, que deu ao Correio Braziliense, René Sampaio disse que espera que isso (a premiação) repercuta e gere retorno para as produções de Brasília. Amém.

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