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Uma geléia geral a partir do cinema

76!

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Tive ontem a mais estranha das comemorações de aniversário. Sempre fui festeiro e neste ano, em condições normais, teria comemorado em alto estilo - o 12 de setembro caiu num sábado, uma data redonda, 75 anos! Só que, em tempos de pandemia, não deu, né? Almocei com minha filha - a Lúcia - e aproveitei para ver o Dark Mirror. Entrevistei o Afonso Poyart durante a semana e ele me falou maravilhas da série. Já não sei mais o que pensar. Vejo essas coisas e acho tudo velho, recauchutado para dar uma aparência de novidade. À noite jantei com Orlando Margarido e Elaine Guerini no Ciao, na Tutóia, que tem uma entrada - figo, cheese e presunto - que é uma delícia. Conversamos sobre festivais, viagens, foi ótimo. Pela manhã, havia finalmente redigido o número 100 da minha lista de clássicos do dia - Em Busca do Ouro. Agora, é esperar pelo 76, se houver. O mundo não anda para brincadeira - Bolsonaro, Trump, a Covid. Estava com a TV ligada e assisti, no dia 7, ao discurso do presidente. É da natureza dele elogiar o golpe de 1964, mas teve mais. Descobri, perplexo, que democracia nunca nos faltou, o país não se curva aos interesses estrangeiros e o melhor - o Brasil é o país do mundo que mais cuida das suas florestas, o que menos sofreu com o coronavirus. Se isso não é fake news, não sei o que poderá ser. Aqui em Pinheiros houve panelaço - vi no JN que em todo o Brasil - e eu também saí na sacada para gritar com a vizinhança 'Fora!' Onde o coiso arranja essas estatísticas? Minha vida sofreu muitas mudanças nos últimos anos, mas o que vem ocorrendo com o Brasil é muito mais grave.

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