Leandro Karnal
19 de dezembro de 2016 | 10h25
É noite num cárcere úmido. Estamos em Sevilha, final do século 16. A cena é estranha: o todo-poderoso cardeal inquisidor interroga Jesus. Tenta explicar ao Nazareno a necessidade imperiosa de queimá-lo num auto de fé. Suprema contradição: como um oficial da Igreja Católica, formalmente dependente de e fiel ao fundador, pode estar disposto a matar aquele a quem deveria adorar?
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