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Opinião|Teatro São Pedro anuncia programação do primeiro semestre com quatro óperas

Programação aposta em obras de câmara e dedica recitais de canto a compositoras e a autores negros

Foto do author João Luiz Sampaio
Atualização:

O Teatro São Pedro programou quatro óperas para o primeiro semestre deste ano. A programação terá ainda uma série de concertos sinfônicos e de música de câmara. Todos os espetáculos preveem a princípio a presença do público, de acordo com as determinações do Plano São Paulo de combate à pandemia do coronavírus, mas também serão transmitidos gratuitamente pela internet.

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As óperas estão divididas em dois espetáculos. Em maio, uma dobradinha francesa reúne Sócrates, de Erik Satie, e O Marinheiro Pobre, de Darius Milhaud. A direção cênica será de Caetano Vilela e a direção musical de Gabriel Rhein-Schirato, com elenco formado por cantores como a soprano Gabriella Pace e o tenor Paulo Mandarino.

A segunda dobradinha lírica, em junho, traz títulos de compositores russos: Renard, de Stravinski, e Mozart e Salieri, de Rimsky-Korsakov. O espetáculo terá direção musical e regência de André dos Santos e direção cênica de William Pereira. No elenco, os tenores Giovanni Tristacci e Daniel Umbelino e o baixo Anderson Barbosa.

Theatro São Pedro ( Foto: Delcio Figueiredo/Divulgação)

A escolha de títulos de câmara, ou seja, que exigem a presença de menos músicos, atenta ao mesmo tempo a uma percepção a respeito da vocação do teatro e às necessidades impostas pela pandemia: protocolos de segurança sanitária utilizados por orquestras e teatros de todo o País exigem uma quantidade menor de artistas no palco, permitindo maior distanciamento entre eles no palco

Ainda no universo da ópera, está previsto um espetáculo da Academia de Ópera e da Orquestra Jovem do Teatro São Pedro, com árias do período do bel canto e do século 20, com regência de Priscila Bomfim e direção de Julianna Santos.

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A temporada do São Pedro começa oficialmente com concertos nos dias 6 e 7 de março, nos quais Ligia Amadio rege a orquestra do teatro em um programa com obras de Händel, Mozart e Villa-Lobos, com a soprano Edna D'Oliveira e o barítono Michel de Souza como solistas. A série de concertos inclui ainda apresentações, em 8 e 9 de maio, de obras de Mozart e Straus, com o maestro Ira Levin como regente e solista.

O São Pedro também mantém a parceria com a São Paulo Companhia de Dança: em abril, com regência de Claudio Cruz, a orquestra do teatro acompanha os bailarinos em coreografias inspiradas na música de autores como Francisco Mignone. Na música de câmara, a programação vai abordar o repertório de canções em quatro espetáculos idealizados pelo pianista Ricardo Ballestero.

No primeiro, batizado de Reais e Imaginárias, a soprano Manuela Freua e o Quarteto de Cordas do Teatro São Pedro interpretam autores como Fauré, Hugo Wolf, Hekel Tavares, Villa-Lobos e Björk (abril). O segundo, em maio, vai recuperar a trajetória da cantora e pianista Pauline Viardot, com a participação da meio-soprano Luciana Bueno. Também em maio, a soprano Camila Titinger e músicos da orquestra relembram duas compositoras: Fanny Mendelssohn e Clara Schumann. E, por fim, em junho, a soprano Erika Muniz interpreta programa formado apenas por autores negros: Tania León, Florence Price e John Daniels Carter.

Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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