João Luiz Sampaio
01 de março de 2010 | 17h33
Cidades britânicas estão usando criações de Mozart, Beethoven e companhia para lidar com jovens bagunceiros. Em um artigo na Reason Magazine, Brendan O’Neill lista algumas iniciativas de “controle social” a partir dos clássicos. Dêem uma olhada:
– Na West Park School, em Derby, o diretor diz que está “sujeitando” (o termo é dele) jovens que vão para detenção a duas horas de Mozart. Com isso, espera acalmá-los ou então traumatizá-los a ponto de obter bom comportamento dali em diante.
– Diversas cidades espalhadas pelo país resolveram colocar caixas de som que transmitem clássicos em metrôs e pontos de ônibus, além de estacionamentos, terrenos baldios, etc. O motivo? Evitar a concentração de jovens desocupados em espaços públicos.
– Vejam o que diz um representante da companhia de trens das cidades de Tyne e Wear, no norte da Inglaterra. Aparentemente, jovens estavam usando as estações e plataformas como ponto de encontro para beber, fumar e consumir drogas. “Tentamos de tudo”, diz o representante. “Até que nos ocorreu a ideia de bombardeá-los com Mozart e Vivaldi”. Segundo ele, a tática funcionou “acima das expectativas”. Por que? “Pega mal para os jovens serem visto ouvindo a Sinfonia Pastoral”. A mesma tática está sendo usada em Worcester e Bristol.
– Em uma cidadezinha chamada Hollywood, na Irlanda do Norte, governantes sugeriram a negociantes que começassem a colocar música clássica tocando nas fachadas de suas lojas e nos muros das casas. A ideia era espantar grafiteiros. E eles garantem: deu certo.
Que tal?
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