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Opinião|O contrato de Marin Alsop: algumas contas

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Atualização:

No comunicado oficial em que anunciou a extensão do contrato da maestrina Marin Alsop, a Fundação Osesp afirmou que "durante esse período, a regente vai ampliar o número de semanas à frente da Orquestra em São Paulo, para um mínimo de dez semanas por ano, fora atividades no Festival de Campos do Jordão (uma ou duas semanas) e turnês (até três semanas)."

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A previsão de dez semanas de concertos à frente da Osesp, no entanto, já fazia parte do contrato original de Alsop, assinado em 2011, como foi amplamente noticiado pela imprensa na época. E este número nem sempre foi cumprido. Em 2012, por exemplo, ela regeu 11 programas diferentes; já em 2013, foram apenas oito; e, em 2014 e 2015, nove. Não há um crescimento também no que diz respeito às turnês. O comunicado diz que Alsop dedicará a elas até 3 semanas - o mesmo período, por exemplo, da turnê realizada pela Europa em 2013. O mesmo vale para o Festival de Inverno de Campos do Jordão: em 2014, Alsop já passou duas semanas na cidade.

Questionada sobre esses números, a Osesp disse apenas que, nos últimos anos, foi preciso acomodar a presença de Alsop em São Paulo a compromissos que já haviam sido assumidos pela maestrina antes da assinatura do contrato com a orquestra. E que, para 2016, já estão confirmadas pelo menos 11 semanas de concertos dela em São Paulo.

Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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