O dia da Folle Journée começou agora há pouco com recital de Fany Solter na Sala Cecília Meireles e terá mais onze concertos. O Calíope volta ao palco com a Missa Brevis, recitais de Eduardo Monteiro, Jean-Claude Pennetier, do Quarteto Ysaye epor aí vai. A expectativa maior, no entanto, gira em torno do último concerto do dia, com a Filarmônica de Minas Gerais, o maestro Fabio Mechetti e o pianista Arnaldo Cohen. É um fenômeno curioso. Mechetti desenvolveu sua carreira principalmente nos EUA; há dois anos, foi chamado para comandar a recém-formada orquestra mineira. Não o vi regendo em BH, mas acompanhei outros concertos do grupo por lá e, de fato, a qualidade do conjunto impressiona. O curioso é que, de uma hora para outra, o nome de Mechetti vem ganhando força no cenário musical brasileiro. Ele acaba de vencer o Prêmio Carlos Gomes; agora, traz sua orquestra para o Rio; e, ainda este mês, desembarca em São Paulo para reger a Osesp - e por lá já há um movimento forte em torno de seu nome como possível novo diretor do grupo. Tanto a filarmônica como o maestro têm investido em divulgação pesada. Mas ainda é cedo para fazer qualquer julgamento. Que venham, antes, os concertos.