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Opinião|Grupos do Municipal farão apresentações pela cidade

Orquestras, corais e balés vão promover 138 apresentações no segundo semestre em locais como terminais de ônibus, igrejas e escolas, dentro do projeto "Municipal na Cidade"

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Atualização:

Bailarinos da Balé da Cidade durante apresentação no Terminal Parque Dom Pedro/Werther Santana/Estadão Foto: Estadão

 

O maestro John Neschling e o prefeito de São Paulo Fernando Haddad lançaram na manhã de hoje o projeto Municipal da Cidade. Ao longo do segundo semestre, corpos estáveis do Teatro Municipal - orquestras, corais, grupos de câmara e balé - farão 138 apresentações em espaços como terminais de ônibus, igrejas, cemitérios e escolas do município.  No próprio teatro, serão realizadas apresentações para motoristas e cobradores de ônibus, e professores da rede pública terão acesso a ensaios abertos. Após a coletiva de imprensa, foi realizada uma apresentação de músicos da Sinfônica Municipal, do Coral Lírico e de artistas do Balé da Cidade no Terminal Parque Dom Pedro.

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"Os ingressos cobrados pelo Municipal são às vezes mais baratos do que um jogo de futebol ou mesmo de um cinema, mas só cabem 1.400 pessoas dentro do teatro. A ideia desse projeto é levar o teatro e seus grupos até o público, em espaços do cotidiano das pessoas", disse Haddad. "Iniciativas como essas podem transformar as pessoas e, nesse sentido, também a cidade. E isso faz parte de um pedido meu para a Secretaria de Cultura de pensar em uma política permanente para a música na cidade, o que vai desembocar na criação de uma lei de fomento específica para a área, como já existe com o teatro, a dança e agora também com o cinema", completou. "O projeto se insere em uma nova ideia de cidade, uma cidade cada vez mais cultural, com menos carros, menos violência e mais arte", disse o secretário municipal de Cultura Nabil Bonduki.

O Municipal na Cidade é uma parceria entre as secretarias de Transporte, Cultura e Educação. E, segundo o diretor-geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, José Luiz Herência, ele não vai significar novos custos para a instituição. "Nesse momento de crise, nossa proposta tem sido justamente a de aumentar o número de apresentações, mas utilizando os recursos que já existem, com participação de nossos corpos estáveis."

Opinião por João Luiz Sampaio

É jornalista e crítico musical, autor de "Ópera à Brasileira", "Antônio Meneses: Arquitetura da Emoção" e "Guiomar Novas do Brasil", entre outros livros; foi editor - assistente dos suplementos "Cultura" e "Sabático" e do "Caderno 2"

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