O cara continua com tudo. Anthony Tommasini, crítico do "New York Times", publicou hoje artigo sobre a estreia do venezuelano Gustavo Dudamel à frente da Filarmônica de Los Angeles. Relembrando: estrela do sistema de orquestras jovens venezuelano de Jose de Abreu, Dudamel , de 28 anos, foi escolhido como novo diretor da orquestra no início do ano passado. Desde então, atuou à frente de grupos como as filarmônicas de Berlim e Viena, apadrinhado por Claudio Abbado e Simon Rattle, entre outros mestres da regência. Tommasini fala com certo cuidado do frenesi provocado pelo maestro, mas garante - o concerto, que tinha a estreia de uma peça de John Adams sobre a Califórnia e a Sinfonia Titã, de Mahler, é prova de que o cara não é só marketing não. Sua leitura de Mahler, escreve, lembra a de um jovem Bernstein (e isso não é pouca coisa), sem ser tentativa de cópia de ninguém. Mais importante, ele garante que a orquestra pareceu apoiar o regente a todo instante. Vai ser interessante acompanhar os passos do prodígio Dudamel por lá.