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7 apostas para o Prêmio Nobel de Literatura de 2016: Ngugi Wa Thiong'o, Philip Roth, Juan Marsé e mais

Provavelmente, nenhum dos escritores relacionados abaixo vai ser o nome anunciado na próxima quinta-feira, 13, quando a Academia Sueca anunciar (primeiro em sueco) o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2016. Mas quem é que não gosta de apostar.

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Por Guilherme Sobota
Atualização:

Na ano passado, a Ladbrokes, casa de apostas inglesa, cravou. Svetlana Alexiévitch era a primeira da lista no dia anterior ao anúncio, por que, ninguém sabe: escritora de não-ficção, história oral, jornalismo literário... não é bem o perfil do Nobel. Mas também não é do perfil da Academia vazar informações. Vai saber.

Antes das apostas, vamos lembrar dos últimos vencedores:

Svetlana (2015).

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Patrick Modiano (romancista francês que trata das memórias doloridas de seu país em relação à Ocupação alemã durante a Segunda Guerra, 2014).

Alice Munro (contista canadense que construiu uma obra sólida, arquitetando com maestria epifanias sobre família e amor a partir de fatos corriqueiros, 2013).

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Mo Yan (romancista chinês que mistura uma espécie particular de realismo com seu folclore local, que de fato sofreu com a política do seu país, mas foi criticado por pares por não ser solidário o suficiente, 2012).

Tomas Tranströmer (poeta sueco, que acabou não sendo publicado no Brasil, 2011).

Mario Vargas Llosa (Mario Vargas Llosa, 2010). E antes dele, Herta Müller, romena-alemã, que também escreve sobre os horrores dos regimes comunistas no leste europeu.

Svetlana Alexiévitch no discurso de recebimento do Nobel em dezembro de 2015. Foto: REUTERS/Fredrik Sandberg/TT News Agency

A partir disso dá para se definir algumas diretrizes (no puro chute, afinal as coisas não são assim). Mas, na cara e na coragem: Não será um francófono. Não será alguém que escreva sobre as feridas dos regimes de esquerda. Não será Haruki Murakami.

Abaixo alguns palpites (e entre parênteses as probabilidades na Ladbrokes):

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1) Ngugi Wa Thiong'o (10/1)

Um escritor africano negro não leva o Nobel desde 1986, quando o nigeriano Wole Soyinka foi agraciado. Ngugi teve que viver no exílio de seu país natal, o Quênia, por lutar por direitos civis, e isso sempre conta pontos.

2) Philip Roth (7/1)

A última norte-americana a levar o Nobel foi Toni Morrison, em 1993, e Philip Roth é um dos escritores mais brilhantes do mundo. Mas o palpite está aqui mais por torcida do que por outra coisa. Segundo Alex Shepard, nesse hilário artigo na New Republic, a Academia não vai premiar um americano no Ano de Trump.

3) Jon Fosse (20/1)

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É pouco provável que outro escandinavo seja escolhido, apenas cinco anos depois de Transtromer. E Fosse, poeta, ficcionista e dramaturgo norueguês, tem apenas 56 anos. Então é provável que ele fique mais para frente, mas vai saber.

4) Juan Marsé (33/1)

O romancista espanhol publicou um novo livro em 2016, aos 83 anos: sua ficção, que lhe rendeu o Prêmio Cervantes em 2008, trata dos efeitos das guerras e do franquismo especialmente na região de Barcelona. Um tema caro ao Nobel, sem dúvida.

5) Antonio Lobo Antunes (20/1)

Será Lobo Antunes o segundo lusófono a levar o Nobel? Na lista da Ladbrokes, ele é o primeiro dos "desconhecidos".

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6) Abraham B. Yehoshua (25/1)

Israel tem um Prêmio em 1966 e depois nunca mais: Yehoshua é considerado por muitos o maior escritor de seu país, mas talvez um par de declarações polêmicas sobre a relação judeus-Israel "impeçam" a Academia de premiá-lo...

7) Marilynne Robinson (50/1)

Já que a ideia é não premiar um americano no Ano de Trump... que tal dar o Nobel para uma escritora norte-americana que está na lista da Time deste ano como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo?

O anúncio sai dia 13. Qual é o seu palpite?

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