Cut, do Slits, envelheceu bem

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Por Estadão
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 Foto: Estadão

O álbum é Cut, do Slits, a banda de garotas - outra coisa bem legal da época eram as meninas de atitude - que misturou como ninguém o jeitão desencanado e irônico do punk com a largação do reggae, mais precisamente do dub. Assim como o Clash entre os punks e o Public Image Ltd. na sua primeira encarnação, as meninas do Slits juntavam dissonância com aquele baixo marcado do dub.

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No caso delas, o resultado faz ainda mais sentido porque o produtor, ou seja, quem comandava a mesa de som, era nada menos do que o genial Dennis Bovell. Neste disco de 1979, além de Viv Albertine na guitarra, Tessa no baixo e Ari Up nos vocais, a bateria é tocada por Budgie, que logo depois entraria para o Siouxsie & the Banshees.

Além de Cut, o Slits só lançou um outro álbum na época, o Return of the Giant Slits, em 1981. Desde 2005 a banda está de volta e já lançou um disco ao vivo e um de estúdio, mas, cá entre nós, o legal mesmo são os LPs antigos.

Desde que eu comprei de novo o Cut não consigo parar de ouvir. Por isso, o som do dia hoje é a música que abre o álbum: "Instant Hit", sobre o genial guitarrista do PiL Keith Levine. Aumenta o som:

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