Paulistas Franceses

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Por Estadão
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Conheci Phil Tillier no começo dos anos 90, quando nós dois estudávamos Filosofia na USP, coisa que larguei rapidamente e ele seguiu até o fim. Só por isso, ele já ganha meu respeito máximo. Antes, ele já havia tocado baixo no Magazine e, quando nos encontramos, ele tentava se virar na música alugando CDs e tocando covers do U2. A despeito da banda cover, não se engane: ele sabe tudo de música. Conheci o Andrew há dois anos, através de uma amiga, Pri Bertucci, quando nós preparávamos juntos uma série de NuJazz para o Discofonia. Quando o Phil, com quem ando muito em falta, me contou no ano passado de uma idéia que teve quando morava em Paris, de unir mestres e mestres bastardos da chanson française a ícones do jazz, do pop e da música brasileira, sempre com eletrônica de fundo, pensei logo no Andrew, um DJ inglês que entende como poucos de beats e de Brasil. E não é que o projeto virou? E ainda com a adição de um de meus heróis da adolescência, o guitarrista Nivas, do Muzak. Para minha grata surpresa, agora eles tocam juntos como Paulistas & Franceses - o que não deixa de ser meio engraçado quando penso na origem belga do Phil, mas é assim mesmo, os melhores belgas (Tintin, Jacques Brel...) acabam franceses com o tempo. Aí em cima, coloquei uma versão francesa de Manhã de Carnaval, clássico do Luís Bonfá, só para dar um cheiro do projeto. Dá para ouvir mais no MySpace e ver vários vídeos deles no Youtube.

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