Napster:quem vai querer?

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Por Estadão
Atualização:

Todo mundo que entende do negócio de música louva o download pago. Na semana passada, eu assisti aqui em São Paulo a uma série de conferências promovidas pela gravadora Trama em que especialistas falavam com entusiasmo da distribuição online de música com DRM (Digital Rights Management), aquela trava que limita o uso que você pode fazer da música. O que anima todas esses observadores da indústria é o sucesso do iTunes.

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Mas o mundo vai além da bolha de Steve Jobs, e a notícia de que o Napster procura urgentemente um comprador mostra o lado menos belo do download legal de música. O modelo do Napster hoje é o mesmo das lojas brasileiras (iMusica, Uol Megastore e Sonora, do Terra): os arquivos vêm em WMA protegido, dão um trabalhão para passar para o iPod (na verdade só é possível fazer isso "quebrando" o DRM, o que é crime nos EUA) e impõem limitações absurdas para quem compra esse mico preto.

Não me admira que o Napster pago feche. Nem que a sua antítese, o eMusic - que comercializa músicas em MP3 sem DRM e pode ser usado por brasileiros que tenham um cartão de crédito internacional - seja o site que mais cresce no mundo em usuários e em oferta de músicas, atrás apenas do iTunes, que, diga-se, tem a seu favor 90% do mercado de MP3 players nos EUA e a mão pesada da justiça americana com quem faz download ilegal.

Via Guardian

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