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Cris Berguer indica bons lugares para conhecer com seu melhor amigo: o cachorro

Opinião|Serra gaúcha pet friendly

Eu não ia ao Rio Grande do Sul desde 2019. Meu aniversário de 50 anos, no dia 27 de agosto, e o pedido da minha mãe para comemorá-lo comigo fizeram eu organizar uma viagem pela capital, serra e interior do Estado gaúcho. Obviamente, a Ella (minha sócia pet no Guia Pet Friendly e filha) faria parte do programa. Portanto, aqui vão nossas descobertas pet friendly, que certamente farão você querer dar um pulinho no extremo sul do Brasil. 

Atualização:

Cris e Ella pela serra gaúcha. Foto: arquivo pessoal

De carro rumo ao sul

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Como a Ella tem 18 quilos e ainda não pode voar a bordo do avião, fomos de carro. Confesso que eu estava receosa com a estrada. A boa notícia é que praticamente os 1.200 quilômetros que separam SP do RS estão duplicados, ou seja, a viagem foi extremamente tranquila.

Pit stop em Floripa

Fizemos um pit stop em Florianópolis justamente para dividir a viagem em duas partes e nos hospedamos na charmosa pousada Santarina, que recebe pets há 15 anos. Lembro do meu nome e da Ella na porta do quarto, do cartão escrito à mão, dos petiscos artesanais  e brigadeiros. Como esses mimos fazem bem, né?

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Boas-vindas da Santarina. Foto: arquivo pessoal

A Santarina, que fica no Canto da Lagoa, perto da Lagoa da Conceição, tem 6 suítes bem decoradas (diárias a partir de R$ 290,00). O café da manhã é uma atração à parte, pois é servido em uma casinha que parece de bonecas, cheia de objetos fofos e macaquinhos pulando entre as vigas do teto. Partimos com vontade de retornar para relaxar na rede, sentar ao lado da fogueira do jardim interno e conhecer as redondezas. Sempre é bom ter um motivo para voltar, certo? Ainda mais vários.

Cotiporã

A próxima parada estava prevista para a pacata cidade de Cotiporã, pouco conhecida e cerca de meia hora de Bento Gonçalves, a capital do vinho gaúcho. No final da descida de uma rua de terra está a Cabana Vêneto, que um dia foi escola das crianças da região. Hoje, depois de algumas reformas, virou uma hospedagem bem decorada e locada através do Airbnb. A experiência é de se hospedar em uma típica casa da colônia, onde a vida passa mais lenta, o comércio fecha ao meio-dia (inclusive a farmácia e o supermercado) e você investe um bocado de tempo olhando o horizonte verdinho. 

Varanda da cabana Vêneto. Foto: arquivo pessoal

Começo com um conselho, chegue de dia por dois motivos: será mais fácil de achá-la e a paisagem é linda. Apesar de termos parado no caminho e comprado pães, foi muito bom ao chegar encontrar uma cesta com produtos da região. E, diga-se de passagem, cortesia do anfitrião. Na geladeira você vai achar pizzas congeladas da Bel Pane feitas com fermentação natural. Se eu pudesse levar as pizzas (R$ 28,00 cada) para casa, certamente o faria porque ela é acima da média. Conclusão: jantamos, na mesa da sala principal, surpreendidos pela sua crocância e sabor. Ainda na sala, observe o armário, que virou adega e exibe interessantes rótulos da vinícola Zardo a preços mais do que honestos (R$35,00 Merlot safra 2020). 

O ponto alto da Vêneto é a varanda onde está a churrasqueira, que ajuda a esquentar nos dias frios. A vista para o vasto jardim, que estende-se até o açude, ultrapassa a cerca de madeira e chega na também bucólica casa do vizinho, é revigorante. Nela há duas banheiras antigas e as poltronas com pelegos (pele de carneiro). Em um dia de céu azul e sol, este cenário é poético. 

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Os dois quartos da casa ficam no andar de cima, possuem o teto em V (parte dele bem baixo), são simples e têm vista para as araucárias. A escada de acesso é complicada. Meus pais que têm 86 e 88 anos não conseguiram subir e dormiram nos sofás da sala. O ar condicionado da casa, apesar da presença da lareira, é fundamental nos dias de frio intenso. Ficamos bem aquecidos com ele ligado. 

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No jardim há espaço para fazer fogueira e bancos espalhados ao longo do gramado. Reserve boas horas para desfrutá-lo. A Ella ficou inebriada com tantos cheirinhos. Você pode deixar seu pet solto e ele, inclusive, nadar no açude, porém lembre-se de que a cerca não o impede de passar. Avalie se existe o risco de sair correndo e se perder, caso queira soltá-lo.  E, claro, vá conhecer o centrinho de Cotiporã, que é uma graça. O supermercado Pôr do Sol deixou a Ella entrar e ele é bem completo. 

Canela por 24 horas

Quando vimos que existia a possibilidade de nevar em Canela, levantamos âncora, fizemos uma reserva no Laghetto Viverone (diárias a partir de R$ 260,00) de Canela e partimos para o alto da serra. Lembro o quanto foi delicioso entrar no lobby quentinho, com uma sala elegante e lareira, e encontrar os serviços de um hotel. Fizemos check in, nossas malas foram levadas para os quartos, tomamos um banho demorado com uma ducha forte e quente e, logo, esquecemos o frio intenso que fazia na rua. Nestes dias e noites gélidos, estar em um local preparado é fundamental, afinal, as baixas temperaturas só são boas quando não sofremos com elas, né? 

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Ella na frente do Laghetto Viverone de Canela. Foto: arquivo pessoal

No dia seguinte, fiquei feliz ao descobrir que os pets têm acesso ao salão principal do café da manhã, Sim, as mesas próximas à janela e no canto esquerdo são pet friendly, assim como, o terraço. No quarto havia uma cama grande e dois comedouros para a Ella. Pontos para eles que deixam claro que vêm os pets como hóspedes. 

Pertinho do hotel está a Catedral de Canela, onde paramos para uma foto clássica, que não pode faltar. Depois fomos à Cascata do Caracol (R$ 35,00 a entrada por pessoa) para ver a queda d'água de 130 metros de altura chamada Véu de Noiva. Que visão fabulosa! 

Cris e Ella na Cascata do Caracol. Foto: arquivo pessoal

Almoçamos no Hard Rock Cafe de Gramado. Eles oferecerem a varanda para sentar com os pets, que é separada da rua por uma divisória de vidro. A comida estava divina, destaque para o New York Strip Steak com purê de batatas e legumes (R$ 135,00). Há aquecedores ao lado das mesas, mas se for inverno, opte por dias com sol ou não muito frios para a experiência ser prazerosa.

No final do dia, voltamos à Porto Alegre, mas essa história e mais algumas ficam para nossa próxima postagem por aqui.

Opinião por Cris Berger
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