A resposta é não. Eu socializei a Ella desde cedo, sempre dei limites e faço questão que obedeça os meus comandos. Resultado? Tenho um pet educado e sob controle.
Há bastante tempo quero falar sobre raças apontadas como perigosas. Assim como tamanho não é documento, a raça também pode não ser - desde que exista um trabalho sério de educação canina.
Toda vez que um hotel me pergunta se deve proibir a hospedagem de um pitbull, respondo: depende. Recentemente, as redes sociais foram agitadas pela carinha fofa do pitbull Sebastian, que sabemos ser um cão dócil. Porém, para entrar em um parque indoor para cachorros da capital paulista foi exigido o uso da focinheira. Neste momento, criou-se a polêmica. Eu entendo a frustração da tutora do Sebastian, mas também sei que o local estava correto em seguir a lei 11.531, que exige a focinheira para algumas raças.
E, aqui, nos deparamos com o "bom paga pelo mal". No caso, mal-educado e malconduzido. Como resolver esta questão? Educando! Fazendo as pessoas entenderem que seus pets devem ser ensinados para viverem em sociedade. Conversei então com a educadora canina Emmanuelle Moraes, da Se você é tutor de um pit ou deseja ter um, invista em treinamento. Nenhuma raça deve ser demonizada, mas não podemos fechar os olhos para as características delas. É necessário paciência para os treinos diários e para as repetições sem-fim. É possível ter um sharpei como a Ella ou um pit como o Sebastian, mas existe um bocado de dedicação para construir um cão educado, seguro e tranquilo. É JORNALISTA, FOTÓGRAFA E AUTORA DO GUIA PET FRIENDLY