Algumas pessoas passam pela experiência de ter um pet, ele sofrer um acidente e não poder mais andar. Neste ponto um grande vínculo de amor já foi estabelecido e há diversos casos de tutores que compram uma cadeira de rodas e não desistem da vida do seu animal, mesmo que isso envolva uma nova rotina e gastos.
Agora, o que faz uma pessoa adotar um pet que não anda? Essa foi a pergunta que eu fiz para a gastróloga Mariana Camargo de Oliveira, atual tutora da golden Olivia, que aos três meses de idade caiu de uma laje, fraturou a coluna e foi levada para ser eutanasiada. A resposta dela? "O Ribamar foi meu cachorro quando eu era adolescente. Ele ficou paraplégico. Minha mãe nos ensinou que somos 100% responsáveis por uma vida. Então, cuidamos do Riba até o fim. Quando eu vi a Olívia para adoção, simplesmente senti que ela era minha."
Realmente, explicar o amor é uma tolice. A Mariana e a Olivia encontraram-se, assim como a Rafa e a Cacau, que foi resgatada na beira da estrada. A vira-latinha não andava, se arrastava. Ela ficou uma semana hospitalizada, a Rafa ia visitá-la todos os dias e a relação foi crescendo a cada novo encontro.
Quando ficou mais forte, recebeu alta e foi para seu novo lar. O começo foi duro: eram muitas coisas novas para aprender de ambos os lados, mas nada como um dia após o outro. Logo, a Cacau começou a fazer sessões de ozonioterapia e acupuntura, para amenizar desconfortos e inflamações, e todos se adaptaram. O prognóstico indica que há boas chances de ela voltar a andar.
Os custos de um pet especial
Os cuidados com a Olívia por mês ultrapassam os R$ 3 mil. A cadeirinha de rodas custou R$ 2.200 e a dedicação é quase exclusiva. Mariana ajuda a cachorrinha a fazer xixi apertando sua bexiga, troca a fralda a cada quatro horas, a leva para fazer sessões de fisioterapia, acupuntura e ozônio semanalmente e, volta e meia, a check-ups preventivos.
Apesar disso, ainda cuida de um grupo no WhatsApp e de uma conta no Instagram de nome Guia Pet Friendly