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Opinião|Cuidados com os pets no feriado de carnaval

Apesar dos desfiles e bloquinhos de carnaval terem sido cancelados este ano, temos pela frente alguns dias de feriado e muitas pessoas vão aproveitar para viajar. Por isso, resolvi compartilhar com vocês uma experiência que tive recentemente com a Ella (minha sócia pet no Guia Pet Friendly e neste blog). 

Atualização:

Semana retrasada visitamos um hotel na praia. Foi minha terceira temporada por lá. Nas duas primeiras vezes, fiquei nos quartos destinados para o público com pets. Porém, eu sempre quis me hospedar na suíte com jacuzzi no deck e vista para o mar. Meu pedido foi concedido por um motivo: o hotel me conhece e sabe meu grau de responsabilidade e comprometimento com a vida da Ella . Eu só optei por este quarto, pois sei que a Ella é uma cachorrinha tranquila e que obedece meus comandos. Ainda assim, fui com o coração apertado, questionando a minha decisão.

Ella na praia: cuidado com as altas temperaturas. Foto: Cris Berger.

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Chegando lá, apresentei o quarto e varanda para a Ella: a deixei cheirar todos cantinhos e desbravar o território. Quando quis descer do deck e pisar na grande pedra, eu disse não. Ela tentou novamente. Repeti a ordem. E assim foi até desistir. Decretei para o meu namorado que a Ella só tinha autorização para ir ao deck na minha presença. Não dividi responsabilidades e isso foi ótimo para não correr o risco de um confiar no outro e alguém falhar.

Costumo dormir com janela ou porta aberta, gosto de sentir o vento, mas nestes dias mantive a porta, que leva para o deck, fechada. Tudo deu certo, curti o quarto que eu tanto queria, criei um protocolo de segurança e fomos felizes.

Entretanto, essa história me fez pensar o quanto sempre devemos fazer uma análise do ambiente. Certamente, eu fiquei atenta pela situação ser explicitamente vulnerável, mas será que eu daria importância para "apenas" uma varanda vazada? Ou uma porta e portão de pousada com trânsito de pessoas e carros, sabendo que a Ella está solta, sem guia? Talvez não, o que é um erro. Portanto, na véspera do feriado de carnaval lembro a todos que devemos cuidar dos pets como se fossem uma criança distraída. 

Aproveitando o ensejo, cito o triste caso de um cachorro que se afogou na piscina privativa de um hotel, pois seus tutores saíram para comer, deixaram aberta a porta que leva para o jardim e quando voltaram ele estava morto. Toda piscina sem escada própria para os pets ou rasa deve ser vista com desconfiança. Não deixe seu pet sozinho. Mesmo que ele seja um exímio nadador, é importante ter uma saída que não escorregue ou você estar por perto para ajudá-lo. 

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 Outro cuidado que vale a pena mencionar nestes dias de intenso calor é justamente referente ao sol e as altas temperaturas, a areia estará fervendo e o asfalto também e eles poderão queimar as patinhas. Algumas raças são mais sensíveis ao verão como o shar pei (raça da Ella), sendo assim, quando a vejo respirar mais rápido com a boquinha aberta e língua para fora, sei que está na hora de a tirar do sol. Às vezes, o clima está tão abafado que nem embaixo do guarda-sol ela consegue ficar. 

Ao chegar no hotel, pousada ou casa alugada faça um reconhecimento de campo. Imagine tudo que pode dar errado e crie um plano de ação fechando portas e janelas, prendendo o pet na guia e não o deixe sozinho perto de uma piscina e até jacuzzi, que ele não possa sair. 

Para encerrar, mais um lembretinho, nas viagens terrestres, prenda seu pet no cinto de segurança especial para cachorros, que é acoplado no cinto do carro, evitando que ao frear mais forte, ele não seja projetado para fora do carro.

Uma vez que tudo foi pensado e analisado, é hora de curtir o carnaval ao lado do seu pet, eu e a Ella já entramos no clima e colocamos nossas fantasias. 

Opinião por Cris Berger
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