A norte-americana Lionel Shriver, com quem Patricia dividia a mesa, saiu-se com mais jeito nas respostas. Fez o público rir ao responder que "escreve e ganha dinheiro com isso" quando questionada sobre como lida com grandes dilemas em sua vida (tema de seu mais recente livro que saiu por aqui, O Mundo Pós-Aniversário), afirmou que a noção de maldade é "desumanizadora", já que se define como mal aquilo que não se consegue explicar (o livro que a tornou famosa e premiada, Precisamos Falar Sobre o Kevin, trata de um menino que mata os colegas na escola), falou sem problemas sobre questões ligadas à sua literatura e sua vida pessoal.
Arnaldo Bloch, o mediador, foi quem precisou raspar o tacho de possibilidades para encontrar semelhanças as obras das duas autoras reunidas na mesa, tão diferentes entre si. Conseguiu até comparar o fato de Lionel ser casada com um baterista, o "rei da baqueta", e Patricia, com John Neschling, o "rei da batuta".