Bia Reis
12 de julho de 2012 | 10h17
O dente de Maria Fernanda cai e ela ouve da mãe a sentença: “Agora você tem uma janela na boca”. A partir dai, a menina começa a imaginar um monte de coisas. “Se minha boca é uma janela, então minha cabeça é uma casa?”, “e se minha cabeça é uma casa, quem mora dentro dela?”
Maria Fernanda descobre, então, que são os pensamentos que moram em sua cabeça. E, curiosamente, esses pensamentos começam a fugir de sua cabeça, pela janela. E a garota passa a falar tudo o que vem à mente, até mesmo as coisas mais inadequadas.
Em Tem uma Janela na Minha Boca, Blandina Franco e José Carlos Lollo usam a queda do dente como ponto de partida para falar da sinceridade às vezes inconveniente das crianças. O legal deste livro é que não há um discurso moralista – do tipo: menina, não fale assim, você magoa as pessoas -, mas sim muita poesia.
Serviço
Tem uma Janela na Minha Boca
Escritora: Blandina Franco
Ilustrador: José Carlos Lollo
Editora: Salamandra
Preço: R$ 28,90
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