Bia Reis
01 de maio de 2013 | 00h03
Carlota é uma menina cheia de imaginação. Tem dias que acorda achando que já está na escola e pergunta para a mãe: “Como é que se sabe direito quando a gente está sonhando e quando a gente está acordada?”. Tem outros que acorda sonhando que é uma princesa. Nesses dias, briga com a mãe porque não quer vestir a roupa que ela escolheu e bate o pé para usar seu vestido de princesa – apesar do frio, que, claro, só a chata da mãe sente. Na disputa sobre o que vestir – e rápido para que nenhuma das duas se atrase para a escola ou o trabalho -, a mãe entra na imaginação da filha.
Mas a imaginação fértil – e os medos – aparecem também à noite, quando a mãe, já cansada, insiste para que a menina durma. Mas ela vê monstros em seu quarto. Não um, mas sete, coloridos. Paciente, a mãe vai diversas vezes ao quarto de Carlota mostrar que os tais monstros não existem – nem com a luz acesa nem com a luz apagada. O problema só acaba quando, de novo, a mãe mergulha na imaginação da filha.
Carlota Quer Ser Princesa e Carlota e Os Monstros, da escritora Doris Dörrie – apontada como uma das melhores narradoras da literatura alemã contemporânea -, falam dessa fase em que as crianças confundem realidade e imaginação. E que, infelizmente (ou não), passa tão rápido.
Serviço
Carlota Quer Ser Princesa
Carlota e Os Monstros
Escritora: Doris Dörrie
Ilustradora: Julia Kaergel
Tradução: Angel Bojadsen
Editora: Estação Liberdade
Preços: R$ 33 (princesa) e R$ 34 (monstros)
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