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Policial 'A Conexão Francesa', com Jean Dujardin no elenco, é uma das estreias de cinema

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Por Redação Divirta-se
Atualização:
 Foto: divulgação

Na virada dos anos 1970 para os 1980 a cidade de Marselha, no sul da França, era um dos principais entrepostos de drogas do mundo. É lá que age um juiz destemido, Pierre Michel (Jean Dujardin), desafiando o poderoso chefão local, o italiano Gaëtan Zampa (Gilles Lellouche), em A Conexão Francesa, de Cédric Jimenez. Como tantos filmes do gênero, também este policial francês apoia sua ficção em uma história real. De fato, houve um juiz chamado Michel, que levou sua tarefa até as últimas consequências. Vez ou outra, personagens reais entram em cenas documentais, como o ex-presidente Richard Nixon, que elege o combate ao tráfico como uma de suas prioridades. Tudo serve para dar caráter de 'cinema-verdade' à trama. E ela, de fato, decola muito bem, em ritmo frenético, tentando envolver o espectador. Em 'A Conexão Francesa', a luta contra as gangues é entremeada a conflitos familiares e jurídicos. Funciona bem ao mostrar que a atividade criminosa nem sempre (quase nunca) é independente daquelas que, em tese, a combatem. Muitas vezes, política e crime estão misturados, o que é um tema do cinema noir, inspirador do longa. Dujardin compõe um justiceiro interessante, com uma fraqueza misteriosa em seu passado. Há algo de ambíguo nele, assim como em seu antagonista, Zampa. Essa ambivalência turbina uma trama que, por outro lado, se ressente de um excesso de estereótipos de gênero. Luiz Zanin Oricchio

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