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'O Processo' revela os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff

Por André Carmona
Atualização:
Protesto em Brasília durante o processo de impeachment. Foto: Vitrine Filmes

Em 2 de dezembro de 2015 - pouco mais de um ano após Dilma Rousseff ser reeleita presidente da República -, Eduardo Cunha, que então presidia a Câmara dos Deputados, aceitou uma denúncia de crime de responsabilidade fiscal oferecida pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal.

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A ação acirraria de vez a tensão política que se instalara no País desde as eleições de 2014, agravando, assim, a crise econômica que já deixava mais de 11 milhões de desempregados.

Depois de um longo processo, em 31 de agosto de 2016, Dilma teve seu mandato cassado. No documentário O Processo - que ganhou o prêmio de melhor longa-metragem internacional no festival Documenta Madrid, na Espanha, e foi apresentado durante o Festival de Berlim 2018 -, a diretora Maria Augusta Ramos acompanhou, durante meses, os bastidores de várias etapas do impeachment, em Brasília.

Ao todo, foram 450 horas de material filmado, que dá voz aos personagens mais atuantes dessa trama política, a exemplo de Janaina Paschoal e da própria ex-presidente. E é aí que reside o grande trunfo da produção.

A não ser pela escolha dos capítulos retratados - ou seja, pela edição do filme em si -, a cineasta não interfere diretamente no enredo. No filme, não há narrações nem entrevistas. Dessa forma, o espectador é colocado no meio das ações como uma espécie de 'voyeur'. E o longa assume o valor de um importante registro da história recente.

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