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Na briga pelo Oscar, 'O Insulto' fala sobre feridas abertas no Oriente Médio

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Por Redação Divirta-se
Atualização:
 Foto: Diaphana Distribution

Representante do Líbano no Oscar, na categoria melhor filme estrangeiro, O Insulto parte de uma briga corriqueira para levantar um assunto de extrema relevância no Oriente Médio. Um desentendimento sobre a instalação irregular de uma calha dá início a um conflito que, numa reação em cadeia, coloca frente a frente nos tribunais um engenheiro palestino refugiado na cidade de Beirute, no Líbano, e um cristão libanês.

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A relação inicial entre os dois é de ódio e esse sentimento é motivado, a princípio, por questões religiosas e, principalmente, regionais. Mas o que se desenhava como um embate pessoal acaba por extrapolar esse limite e ganha dimensão nacional, com direito a inflamação das massas.

Entram em questão no desenvolvimento do filme elementos como o crime de ódio e a relação ainda conturbada entre os dois povos, libaneses e palestinos, que se estende desde o fim da Guerra Civil no Líbano, em 1990.

O filme do diretor Ziad Doueiri, que trabalhou como assistente de câmera em produções de Quentin Tarantino, acerta no enredo e nos elementos que são incluídos no decorrer da trama. Acerta também em não escolher um só lado em nenhum momento do longa.

O telespectador está diante de um julgamento em que os dois envolvidos estão errados, como a própria juíza do caso afirma. Mas descobre aos poucos que cada um trava a própria batalha e que cada indivíduo carrega um universo próprio, cheio de histórias e cicatrizes. Confira salas e horários de exibiçãoLucas Lopes (especial para o Estado)

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