Renato Vieira
18 de abril de 2019 | 12h48
Nome forte da chamada Vanguarda Paulista, o grupo Rumo retoma as atividades lançando o álbum ‘Universo’, cujo repertório é apresentado em cinco shows. A seguir, a cantora Ná Ozzetti fala sobre o reencontro com os outros integrantes – entre eles, Luiz Tatit e Hélio Ziskind.
Como surgiu a ideia de gravar um novo álbum do Rumo? Veio totalmente do Márcio Arantes (produtor do disco). Ele me ligou no fim de 2017 e perguntou o que eu achava, porque todos são envolvidos com os próprios trabalhos. Ter suporte de produção foi o motivo de a gente aceitar.
Foi difícil montar o repertório? Márcio organizou um cronograma e seguimos. A gente tinha dúvidas se conseguiria levantar 12 músicas interessantes. No final, deu muito mais, e abrimos uma brecha para mais duas – aí, ficaram 14.
Além do álbum, teve a estreia de um documentário sobre o Rumo, exibido no festival É Tudo Verdade. Como você vê o legado do grupo? A sensação é que o grupo nunca parou de existir; pegamos o fio do último disco e a produção continuou. Com o documentário, acho que foi a primeira vez que a gente conseguiu se ver no momento em que surgimos. Pra quem está dentro do processo, é difícil ter a noção de como aquilo está repercutindo para as pessoas. Pra mim, era um processo importante que eu estava buscando. Mas eu não tinha noção se o Rumo tinha alguma importância.
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